'É em meio a multidão, que paramos para refletir sobre a nossa existência. Sobre o companheirismo, o afeto, a confiaça. O amor. A amizade.
O egoísmo é capaz de dilacerar laços, destruir relações estáveis. Isso porque, ao contrário do altruísta, o egocêntrico só pensa em si, em seus benefícios, em como usar as pessoas para ser sucedido em seus fins. Por isso, não se importa em ir atrás de um colega só para pedir favores, e chamar outros para sair, apesar de falar mal destes sem que eles saibam.
Olhar para si é importante, porém sem permitir que isso machuque os outros. Quem é que gosta de ser pisado, sentir-se usado? Quem é que não precisa de um ombro amigo, uma amizade verdadeira, em seus piores momentos de angústia? Alguém que não julgue, que só ouça, que procure confortar com palavras. Que esteja ali, de corpo e alma, para você.
O mundo, infelizmente, é assim; um meio embaçado, coberto de névoa, no qual os homens só enxergam, nitidamente, a si mesmos. É por esse motivo, que há tanta superficialidade, que ninguém se importa, verdadeiramente, com o próximo. As pessoas são movidas por interesses, por desejos irracionais, e, são tão determinadas a atingi-los com êxito, que, se necessário, não se importam em tirar proveito dos outros.
No entanto, apesar desse egocentrismo, o mais difícil é compreender a própria essência, por meio do questionamento das próprias atitudes. Assim, digno de confiança, por abrir mão da superficialidade, é aquele que reflete antes de agir, que atribui importância a seus valores. É aquele que se importa. Que encara a si mesmo.'